quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A paciência de ouvir os tolos é uma virtude

No dia 24 de Agosto, Tomás Queface fez um post no qual mostrava-se indignado com a minha pessoa. Dizia ele: «Se eu fosse moderador deste grupo, bania o Eusebio Gwembe com vista a recuperar o debate de ideias racional, objectivo e sobretudo produtivo». E teve 18 likes! Os seus ataques continuaram a fazer eco nos comentários que foi fazendo aqui e ali. Mas ele não estava sozinho nesta campanha, muito menos que a sua indignação era em face de eu ser o sabotador do grupo. Não! Ele sabe que eu sei o porquê só agora ele se indignou. Ele faz parte de uma coligação, uma liga de intolerantes para com a opinião diferente; uma liga dos que destroem para reconstruir as mesmas coisas que dizem combater. Pouco antes dele, já havia sinais de nervosismo por parte de outros elementos da liga em face das denúncias que fui fazendo e alguns post, que gentilmente os denunciei ao Facebook como spam, já  eram sintomáticos desta impaciência a que os meus adversários ideológicos se viram votados, lançando as penúltimas pedras do bolso. Até me acusaram de estar a fazer a campanha em nome do seu partido e que o meu plano era sabotagem a mando das orquestras da Pereira do Lago. Que desnorte! E até me ofereceram um imaginário orquestrador, melhor, mandante para este plano de sabotagem. Não leram os sinais dos tempos!
Imagino que seja fácil para a liga dos paladinos da democracia esmagar um homem como eu, mas também conheço os deveres de quem pode morrer a defender a sua causa. Vi os defensores da liberdade intelectual vencidos pelo infortúnio ou pela calúnia, pela baixeza de princípios ou pela inveja, mas os seus tratantes também não tardaram encontrar o cerco, porque os seus princípios partiam do simples desejo de assassinato de carácter. Eu não deixarei os meus adversários ideológicos degradar a minha alma e debilitar as minhas virtudes – que não são poucas – com uma heresia maligna! Não, moçambicanos! Não, democratas desta década! Não me posso ajoelhar aos que pretendem inverter a verdade das coisas; aos que manipulam a opinião pública com ajuda da imprensa dos 10 milhões! Não se pode defender a algema das palavras, por mais insensatas elas pareçam. Não se pode mandar calar, ou expulsar um indivíduo apenas porque revelou os nossos planos ocultos. A paciência de ouvir os tolos é uma virtude. Quero-vos pedir que apagueis das pedras tumulares esta máxima sacrílega que cobre todos os que pensam diferente com um manto fúnebre e lançam insultos de intolerância. Eu creio na soberania intelectual ainda que seja tratado como escravo e recordo-vos que onde não reina a justiça nas atitudes e nas palavras, reinam as paixões dos magistrados e que com esta posição só revela que o povo pode mudar as grilhetas mas não o seu destino.
Existe no nosso seio uma liga de tratantes que orquestra, a luz da vela, esquemas de assassinato de carácter aos que pensam diferente. E são os mesmos que se dizem preparados para tomar o poder. Não me deixarei enganar por palavras pomposas de que trata-se da defesa da racionalidade. Não me deixarei levar pelo beijo da traição que a todos arrasta. Há uma liga de tratantes que luta contra a virtude pública e que tem uma influência maior do que eu sobre a minha própria independência e que me proscreve individualmente na pessoa de todos os maus cidadãos deste grupo. Em vez de eu sacrificar as ideias dos outros pela minha felicidade, os meus adversários desejam sacrificar as minhas e me chamam de autor de todos os males  e o único obstáculo à prosperidade do debate.
 A postura de Tomás – que não é apenas opinião individual como alguns avançaram nos seus comentários –  só mostrou e confirmou que nos dias que passam, em que a verdade luta para ser reconhecida, os gritos do patriotismo oprimido serão chamados gritos de sedição e que todo aquele que se atreve a atacar-me, não será proscritos individualmente, mas em bloco que forma a liga dos tratantes, a liga da intolerância; a liga dos intolerantes na sua luta para preservar os lugares ao sol. Foram mais de trezentos comentários em que parte dos comentaristas filiou-se a um grupo de ambiciosos a organizar a sua tirania. É este o império dos tiranos armados com palavras pomposas contra mim e contra todos os que vieram em meu socorro. É esta a influência da sua liga com homens corruptos em ideias, sempre inclinados ao mal que consiste em elevarem-se a custa do silêncio dos outros. É o espelho da oposição, não necessariamente uma oposição política, mas uma oposição aos defensores do regime.
Hoje impõem-me a lei do silêncio para me obrigar a trair os meus princípios. E são muitos! Deverei subscrever esta posição? Não! Defenderei os meus princípios correndo o risco de ser vítima deles! Eles que vão para o cadafalso pelo caminho de banimentos e, e eu pelo caminho da virtude. Deverei dizer que tudo está bem? Deverei continuar a louvar, por força do hábito ou da prática, aquilo que está errado e que põem em perigo a nação cujo passado conheci? Contribuiria para arruinar o país. Deverei revelar os abusos escondidos que acontecem nas chancelarias? Deverei denunciar os vendedores da desgraça do país? Dir-me-ão que estou a prejudicar os esforços da oposição na construção de um Estado de Direito quando se sabe que esta não tem nada de algum princípio sobre Estado de Direito em que a tolerância faz parte. Dir-me-ão que estou a tentar adquirir influência pessoal às suas custas. O que deverei fazer? O meu dever! Que objecções podem ser levantadas a quem deseja dizer a verdade escondida e aceita entregar a cara por isso? Digo, pois, que existe uma conspiração contra o Governo de Moçambique; que esta conspiração é financiada por algumas embaixadas; e que ela deve a sua força a uma coligação de individualidades bem posicionadas na oposição que urdem intrigas até no seu próprio seio; que esta coligação tem cúmplices internos e externos que entraram neste pernicioso esquema; que a coligação assim formada tenta arruinar todos os patriotas e a pátria; que o primeiro passo é desacreditar todas as instituições que a Frelimo, sobretudo, com muito esforço edificou.
Qual é o remédio para este mal que se chama intolerância? Denunciar os tratantes; renovar as acusações, expurgar a própria oposição e subordina-la aos interesses da nação e erigir sobre as suas ruinas o poder da justiça e da liberdade de os moçambicanos serem donos de si mesmos. São estes os meus princípios. Se for impossível defendê-los farei o meu retiro, mas não que deverei ficar calado, quando algumas organizações estão na posse do dinheiro pronto a ser empregue para a compra de votos;  quando algumas associações estão na posse de dinheiro para compra de objectos de deserção política; quando há lobbies no exterior coleccionando tudo o que podem para virem entupir a mente dos moçambicanos de que eles é que são os próximos salvadores. Não! Não trairei a minha consciência por causa da intimidação barata. Estas denúncias dos planos ocultos continuarão com maior vigor até que todo o mundo saiba e se convença deque há uma tirania a ser organizada em Moçambique; e que os seus porta-vozes, espalhados pelas redes sociais, tudo fazem para a defender ou fazer vista grossa; que há um plano oculto de perseguir todos os libertadores da pátria, quando o poder lhes escorregar das mãos; que em face do efeito angolano que agora chegou ao Zimbabwe no qual a oposição está a desaparecer por si própria, a liga dos tratantes desenvolveu mecanismos de autodefesa inventando tudo o que podem, para desacreditar processos políticos do país; que a Frelimo protegeu os seus membros por causa do dinheiro a que fiz alusão que serviria para comprar consciências daqueles que tem carne fraca. É isto que se impõe denunciar e é isto que irrita pessoas como Queface! Tenho dito.
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Se eu fosse moderador deste grupo, bania o Eusebio Gwembe com vista a recuperar o debate de ideias racional, objectivo e sobretudo produtivo.
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