Desde que se começaram a anunciar os membros do Governo de
Filipe Jacinto Nyusi, há piadas que têm vindo de todos os cantos sobre o G40.
Numa tradução livre, trata-se de um grupo de patriotas que de corpo e alma se
encarregaram, por conta e risco próprios, a defender, por meio da imprensa, os
feitos da administração de Guebuza. O que é estranho é o facto de as piadas
serem obra de pessoas que ontem, enquanto o G40 se desdobrava a mobilizar
eleitores para Nyusi e para a Frelimo, elas pregavam o Evangelho da Oposição a quem, certamente,
votaram, numa verdadeira remada contra marés. Ou seja, pessoas que se é que se
converteram a amar a Frelimo, estão na sua primeira semana de Lua-de-mel. Pessoas
que quando a Comissão Política da Frelimo avançou com os três nomes, afirmaram
que Nyusi era o candidato mais fraco. Hoje, os recém convertidos para quem a
decisão da CP da Frelimo era carimbo da derrota da Frelimo e do seu candidato, congratulam-se pelo facto
de Nyusi citar menos a Frelimo aquando da tomada de posse, no passado dia 15 de
Janeiro. As mesmas pessoas que duvidaram de Nyusi e disseram que não confiavam
nele, as mesmas pessoas que o zombaram, hoje estão a cair em rasgados elogios.
Não é erro elogiá-lo, pela forma sábia como seleccionou os governantes, e pela
sua determinação em trabalhar para o povo. O erro começa quando se pretende desprezar
aqueles que realmente foram a base da vitória de Nyusi, recorrendo ao assassinato de carácter. Em nenhum momento eles, os integrantes do
G40, disseram pretender qualquer promoção e segundo a lista anexa, de autoria do Savana,
nenhum deles é desocupado. É uma falsidade que só consola aos seus oponentes, uma campanha visando ocupar os espaços há muito ambicionados. O G40
surgiu num contexto específico e agiu num contexto específico. Pode ter cometido erros mas nada justifica que haja uma disseminação desenfreada de ódio, como está acontecendo. Só as razões do
seu surgimento podem determinar se fica ou acaba. O resto, não passa de uma
diversão para assaltarem o presidente Nyusi e o partido Frelimo. Um exercício
que visa «dividir para reinar». Uma campanha para que a Frelimo não tenha defensores. Foi para a vitória da Frelimo e do seu candidato que o G40 trabalhou. Por mais que se faça esta campanha difamatória e de baixa qualidade, creio que a Frelimo continuará a ter homens para a defender, em momentos cruciais da vida nacional.