Não irei dar a resposta, senão uma sucessão de questionamentos. Neste tempo pascal tenho minha inquietação para que o Senhor, Criador do Céu e da Terra me alumie o mistério. O Canal de Moçambique, edição de 29 de Março de 2013, escreveu que foram «Eleitos membros da CNE sem a Renamo». Entretanto, vem o SG da perdiz avisar que "A Renamo não vai aceitar que nenhum moçambicano se movimente para preparar o processo eleitoral". Por isso pergunto: em que é que ela confia? Vejo que corremos risco de fechar os olhos face a verdades dolorosas, porque o silêncio dos demais cavalheiros acerca desta matéria é preocupante.
Será este o novo papel de homens sensatos, empenhados numa enorme e árdua tarefa pela democracia? Os defensores da oposição, parecem mais dispostos a pertencer ao grupo daqueles que tendo olhos não vêem e tendo ouvidos não ouvem as coisas que estão intimamente ligadas à sua salvação temporal. Deixaram tudo para a Frelimo. Não estará na forja uma propositada agenda de criar-se um estado de emergência e limitar certas liberdades até aqui conseguidas e, diga-se de passagem, regadas com sangue, para daí chamarem forças estrangeiras? Senhor, porque é que a outra oposição não se pronuncia? O que estará a ser forjado nas chancelarias?
É que, como o disse uma vez, eu não conheço outra forma de julgar o futuro a não ser pelo passado. Nesta lógica, a julgar pelo passado e pela minha própria experiência, vejo uma nuvem negra pairando sobre o país e qualquer silêncio revelar-se-á uma armadilha aos nossos próprios pés. O contexto de 1998 no qual a Renamo boicotou as eleições difere do actual. Naquele tempo tínhamos uma Renamo forte, com uma base de apoio no Parlamento e fora dele que, portanto, não lutava para salvar a pele, como hoje.
O que significa esta sua exibição marcial, se o seu propósito não é forçar o povo à submissão? Poderão os moçambicanos atribuir-lhe outros motivos? Tem a Renamo algum inimigo, em qualquer canto do país, que justifique toda esta acumulação de nervos? Não, Senhor, não tem nenhum. Destinam-se a Frelimo, não podem ser para mais ninguém. A oposição como um todo, comandada pela Renamo, tem enviado espiões de consciência para manter sobre a Frelimo as grilhetas que ela vem forjando há muito tempo. A saída de muitos segredos nossos para a imprensa mostra o quão a oposição está infiltrada nas nossas fileiras.
E o que a Frelimo tem para lhes opor? Chamar a pequena oposição à razão para servir de mediador? Não! Não há grande nem pequena oposição, Senhor. São farinha do mesmo saco. Há mais de cinco meses que o vimos tentando e já não temos algo de novo a avançar sobre o assunto. Já o analisamos sob todas as vertentes, mas tudo foi em vão. As nossas propostas de reconciliação e de diálogo têm sido desdenhadas, e temos recebido ameaças com insultos acrescidos.
Senhor, nós desejamos ser livres das ameaças da oposição, pretendemos preservar invioláveis os inestimáveis privilégios pelos quais lutamos há muito, não pretendemos abandonar cobardemente a nobre luta na qual há tanto tempo estamos envolvidos e que nos comprometemos a nunca abandonar até que o glorioso objectivo da nossa luta fosse obtido. Se a Renamo continuar com essas ameaças, abandonando a mesa do diálogo, só nos restará um apelo às armas e ao Deus das Hostes!
Dizem-nos, Senhor, que somos fracos, incapazes de enfrentá-los. Quando é que seremos fortes? Na próxima semana, ou no próximo ano? Quando estivermos completamente desarmados e um espião da oposição estiver estacionado em cada casa? Ganharemos força através da irresolução e da inacção? Adquiriremos os meios para uma resistência eficaz supinamente deitados de costas e abraçando o ilusório fantasma da esperança até que os nossos adversários nos acorrentem de pés e mãos?
Senhor, nós não somos fracos. Somos três milhões de membros, unidos na sagrada causa da nossa independência e da dignidade dos moçambicanos e, num país como nosso, somos invencíveis por qualquer força que o adversário possa enviar contra nós. Além disso, Senhor, não travaremos as nossas batalhas sozinhos. Existe um Deus justo que preside aos destinos das nações, e que providenciará amigos para travarem as nossas batalhas por nós. A Renamo está com medo do voto e foge da democracia como o diabo foge da Cruz!
A luta, Senhor, não pertence apenas ao forte; pertence ao vigilante, ao activo, ao corajoso, ao dialogante. Além disso, não temos escolha. Agora é tarde demais para nos retirarmos do conflito democrático. Apenas poderemos retirar submissos e escravizados! As nossas grilhetas estão forjadas! O seu chocalhar ouve-se nas montanhas de Mueda e nas planícies de Gaza. A batalha é inevitável. Que apareçam! Repito, Senhor, que apareçam!
Os outros podem apelar a calma, mas não há calma, Senhor. Os nossos irmãos renegados já se encontram no campo da batalha. Porque permaneceremos nós aqui inactivos? O que desejam os cavalheiros? Em 1775, Patrick Henry, pergunta: «será a vida tão valiosa, ou a paz tão doce, que possa ser comprada com grilhetas e escravatura» que a nossa oposição carrega consigo nas suas promessas e nos seus gestos? Livrai-nos disso, Deus todo-poderoso! Se a Renamo confia na força, nós confiámos no povo e aqui estamos para entregar o que temos de mais precioso: a nossa vida, porque a causa é grande!
Será este o novo papel de homens sensatos, empenhados numa enorme e árdua tarefa pela democracia? Os defensores da oposição, parecem mais dispostos a pertencer ao grupo daqueles que tendo olhos não vêem e tendo ouvidos não ouvem as coisas que estão intimamente ligadas à sua salvação temporal. Deixaram tudo para a Frelimo. Não estará na forja uma propositada agenda de criar-se um estado de emergência e limitar certas liberdades até aqui conseguidas e, diga-se de passagem, regadas com sangue, para daí chamarem forças estrangeiras? Senhor, porque é que a outra oposição não se pronuncia? O que estará a ser forjado nas chancelarias?
É que, como o disse uma vez, eu não conheço outra forma de julgar o futuro a não ser pelo passado. Nesta lógica, a julgar pelo passado e pela minha própria experiência, vejo uma nuvem negra pairando sobre o país e qualquer silêncio revelar-se-á uma armadilha aos nossos próprios pés. O contexto de 1998 no qual a Renamo boicotou as eleições difere do actual. Naquele tempo tínhamos uma Renamo forte, com uma base de apoio no Parlamento e fora dele que, portanto, não lutava para salvar a pele, como hoje.
O que significa esta sua exibição marcial, se o seu propósito não é forçar o povo à submissão? Poderão os moçambicanos atribuir-lhe outros motivos? Tem a Renamo algum inimigo, em qualquer canto do país, que justifique toda esta acumulação de nervos? Não, Senhor, não tem nenhum. Destinam-se a Frelimo, não podem ser para mais ninguém. A oposição como um todo, comandada pela Renamo, tem enviado espiões de consciência para manter sobre a Frelimo as grilhetas que ela vem forjando há muito tempo. A saída de muitos segredos nossos para a imprensa mostra o quão a oposição está infiltrada nas nossas fileiras.
E o que a Frelimo tem para lhes opor? Chamar a pequena oposição à razão para servir de mediador? Não! Não há grande nem pequena oposição, Senhor. São farinha do mesmo saco. Há mais de cinco meses que o vimos tentando e já não temos algo de novo a avançar sobre o assunto. Já o analisamos sob todas as vertentes, mas tudo foi em vão. As nossas propostas de reconciliação e de diálogo têm sido desdenhadas, e temos recebido ameaças com insultos acrescidos.
Senhor, nós desejamos ser livres das ameaças da oposição, pretendemos preservar invioláveis os inestimáveis privilégios pelos quais lutamos há muito, não pretendemos abandonar cobardemente a nobre luta na qual há tanto tempo estamos envolvidos e que nos comprometemos a nunca abandonar até que o glorioso objectivo da nossa luta fosse obtido. Se a Renamo continuar com essas ameaças, abandonando a mesa do diálogo, só nos restará um apelo às armas e ao Deus das Hostes!
Dizem-nos, Senhor, que somos fracos, incapazes de enfrentá-los. Quando é que seremos fortes? Na próxima semana, ou no próximo ano? Quando estivermos completamente desarmados e um espião da oposição estiver estacionado em cada casa? Ganharemos força através da irresolução e da inacção? Adquiriremos os meios para uma resistência eficaz supinamente deitados de costas e abraçando o ilusório fantasma da esperança até que os nossos adversários nos acorrentem de pés e mãos?
Senhor, nós não somos fracos. Somos três milhões de membros, unidos na sagrada causa da nossa independência e da dignidade dos moçambicanos e, num país como nosso, somos invencíveis por qualquer força que o adversário possa enviar contra nós. Além disso, Senhor, não travaremos as nossas batalhas sozinhos. Existe um Deus justo que preside aos destinos das nações, e que providenciará amigos para travarem as nossas batalhas por nós. A Renamo está com medo do voto e foge da democracia como o diabo foge da Cruz!
A luta, Senhor, não pertence apenas ao forte; pertence ao vigilante, ao activo, ao corajoso, ao dialogante. Além disso, não temos escolha. Agora é tarde demais para nos retirarmos do conflito democrático. Apenas poderemos retirar submissos e escravizados! As nossas grilhetas estão forjadas! O seu chocalhar ouve-se nas montanhas de Mueda e nas planícies de Gaza. A batalha é inevitável. Que apareçam! Repito, Senhor, que apareçam!
Os outros podem apelar a calma, mas não há calma, Senhor. Os nossos irmãos renegados já se encontram no campo da batalha. Porque permaneceremos nós aqui inactivos? O que desejam os cavalheiros? Em 1775, Patrick Henry, pergunta: «será a vida tão valiosa, ou a paz tão doce, que possa ser comprada com grilhetas e escravatura» que a nossa oposição carrega consigo nas suas promessas e nos seus gestos? Livrai-nos disso, Deus todo-poderoso! Se a Renamo confia na força, nós confiámos no povo e aqui estamos para entregar o que temos de mais precioso: a nossa vida, porque a causa é grande!