sexta-feira, 24 de maio de 2013

A Frelimofobia

O ataque cego e raivoso à Frelimo tem sido, durante anos, o tema preferido de toda a propaganda dissolvente e oposicionista. Pode ousadamente afirmar-se que talvez nenhum partido libertário tenha sofrido as arremetidas, os vexames, o ódio, da parte do que de mais inferior existe nas sociedades: os vingadores políticos que condecoram e honram para todo o sempre o procedimento inalterável da Frelimo. Contra ela se estabeleceu uma frente-única dos despeitos, da ignorância, da má-fé, dos interesses feridos, da baixeza de carácter e de inteligência, desde os oposicionistas saídos da revolução e considerados bem-pensantes aos livres-pensadores, que na frase de Adolfo Coelho, estão livres de pensar. Políticos e intelectuais mansos ou bravos, tudo o que há de corrosivo na nossa sociedade se juntou para proclamar a Frelimo inimiga da Liberdade e do Progresso de Moçambique e com ela, seus membros são odiosamente chamados de lambe-botas, graxistas, yesman, com pomposas e arrogantes maiúsculas.
Assim se estabeleceu a Lenda negra, hoje em pleno crepúsculo. Reeditar contra a Frelimo os ataques que contra ela se lançaram no século passado e nos começos do actual – os tempos da propaganda! – é, na época que decorre, mostrar supina ignorância e desprezo completo do ridículo. O inventario de tudo quanto temos à Frelimo está praticamente feito, e os benefícios que o país lhe deve são de tal ordem que relegam para plano secundaríssimo alguns erros que, porventura, haja cometido nestes 50 anos de admirável existência. Por ter introduzido a independência em Moçambique a Frelimo carregou com as diatribes mais apaixonadas e as injúrias mais contundentes que a uma organização política histórica têm sido dirigidas. Mas a investigação imparcial presta homenagem aos seus feitos e não se pode dizer que não seja obra grande…Por isso se torna incompreensível que moçambicanos conscientes do passado glorioso da Pátria ousem atacar uma instituição que tanto contribuiu para a grandeza do país. A Frelimo, que no fundo são todos os seus membros e simpatizantes, não pode ficar ameaçada com quem fica saltando de arbusto em arbusto.
Estamos a chegar ao fim de uma semana triste, assolada por uma terrível invenção humana sobre o desentendimento entre patrões e funcionários, a greve. Hoje em dia, é difícil ser-se optimista, não só porque o governo está no limite das suas capacidades mas também porque os grevistas refinaram os seus instrumentos de progressão. Mas deve-se ser optimista porque o país revela, dia após dia, não ser, de modo nenhum, uma frágil flor. A diversidade de opiniões em torno do mesmo tema é sinal claro de uma maturidade inquestionável.
Se a História ensina alguma coisa, ensina que a ilusão face aos factos adversos é uma loucura. Hoje em dia, vemos à nossa volta marcas do nosso terrível dilema – previsões do juízo final, manifestações anti-éticas e incerteza de como isto irá acabar. Qual é, então, o nosso caminho? Terá Moçambique que perecer sob a selvática tempestade grevista? Terá a liberdade dos doentes de definhar, numa acomodação passiva e muda ao mal totalitário?
A força do movimento grevista demonstra a verdade contida numa anedota que se conta em segredo na minha terra. Diz-se que quando um cego diz «vou-te bater» é porque pisou uma pedra. Os historiadores que no futuro analisarem esta semana observarão a constante moderação e intenções pacíficas por parte do Governo e a violência inicialmente tomada por alguns dos grevistas. Observarão que foram os grevistas que não quiseram seguir o caminho de diálogo. Observarão certamente que não foi o governo que fechou as morgues e os armazéns de mantimentos.

Como sair dessa?

Estamos a chegar ao fim de uma semana triste, assolada por uma terrível invenção humana sobre o desentendimento entre patrões e funcionários, a greve. Hoje em dia, é difícil ser-se optimista, não só porque o governo está no limite das suas capacidades mas também porque os grevistas refinaram os seus instrumentos de progressão. Mas deve-se ser optimista porque o país revela, dia após dia, não ser, de modo nenhum, uma frágil flor. A diversidade de opiniões em torno do mesmo tema é sinal claro de uma maturidade inquestionável.
A força do movimento grevista demonstra a verdade contida numa anedota que se conta em segredo na minha terra. Diz-se que quando um cego diz «vou-te bater» é porque pisou uma pedra. Os historiadores que no futuro analisarem esta semana observarão a constante moderação e intenções pacíficas por parte do Governo e a violência inicialmente tomada por alguns dos grevistas. Observarão que foram os grevistas que não quiseram seguir o caminho de diálogo. Observarão certamente que não foi o governo que fechou as morgues e os armazéns de mantimentos.
Se a História ensina alguma coisa, ensina que a ilusão face aos factos adversos é uma loucura. Hoje em dia, vemos à nossa volta marcas do nosso terrível dilema – previsões do juízo final, manifestações anti-éticas e incerteza de como isto irá acabar. Ao mesmo tempo vemos forças totalitárias que compram Jornalistas que fomentam a sublevacao  e o conflito em todo o país para promoverem o seu bárbaro assalto ao espírito humano. Qual é, então, o nosso caminho? Terá Moçambique que perecer sob a selvática tempestade grevista? Terá a liberdade dos doentes de definhar, numa acomodação passiva e muda ao mal totalitário?
O governo recusou-se a aceitar a inevitabilidade da greve sob uma chantagem. Pois é exactamente esta a nossa missão hoje: promover a harmonização dos benefícios sociais. Ironicamente, os grevistas não tem razão. Estamos a assistir actualmente a uma grande crise, uma crise em que as exigências de ordem económica chocam directamente com as de ordem ética. Mas a crise não está a acontecer no Governo livre, e sim na pátria da revolta: na AMM. É a AMM que rema contra a maré da história ao negar a liberdade de irem trabalhar aos seus associados. É a AMM que tem vergonha de como sair dessa sem um compromisso.