i) Será verdade que não há diálogo político genuíno no nosso caso? É
verdade. Há razões históricas para tal. Duas forças que se conhecem as
animosidades íntimas dificilmente estabelecem a confiança genuína. Nós sabemos
que manter o diálogo representa para as duas forças tão grande sacrifício que
por favor ou amabilidade o não fariam a ninguém. Fazem-no ao bem do país como
dever de consciência serenamente cumprido. A Frelimo e a oposição não tomariam,
apesar de tudo, sobre elas esta pesada farda de diálogo armado, se não tivesse
a certeza de que ao menos poderia ser útil a sua acção política. Querem que a
Frelimo vos confie quando não o fazem vós mesmos. O ser genuíno depende da
confiança e esta da reciprocidades.
ii) Não é verdade que as instituições estão partidarizadas e precisamos de nos livrar dessa situação? É uma miragem, uma questão a equacionar no futuro, quando estiverem asseguradas as condições dum trabalho eficiente. Há, na partidarização das instituições públicas, uma vontade decidida de regularizar por uma vez a nossa vida política e com ela a vida económica nacional. Nas actuais circunstâncias é prematuro falar-se em outra coisa senão confiança política, garantindo, em simultâneo, as execuções das tarefas e o sossego geral povo. Se o povo não possui vida condigna não é porque é governado por um partido incapaz, mas porque um Estado Soberano foi explorado durante 16 anos por um mundo ávido de despojos.
iii) Não é verdade que os processos eleitorais não são transparentes? É verdade e juntos podemos encontrar saída que não a proposta pela Renamo em retirar a SC. Podemos avançar para uma Comissão Independente, por exemplo. Porém, isso só é possível por efeito de uma varinha mágica porque o nosso interlocutor não está interessado em ver os independentes na conjuntura actual. Claro que nós também temos culpa no cartório sobretudo quando retiramos toda a razão em tudo o que sai do lado oposto, quando pensamos que o outro deve ser abatido, por ser outro e quando pensamos que o voto da minoria deve abafar-se no da maioria.
- Não é verdade que a exploração dos recursos naturais não é transparente? É verdade e constitui a causa de todo o descontentamento e ódio que tende a propagar-se. Pouco mesmo se conseguirá se o país não estiver disposto a acompanhar a forma como muitos contratos são feitos e como, aos poucos, o país vai sendo vendido. Faz pouco sentido que quem não estará nesta terra nos próximos 20 anos, pela lei da natureza, esteja a hipotecar o país aos chineses por meio século, criando problemas para os nossos filhos e netos. O pior é quando tal não é transparente. Devemos confiar na nossa inteligência de cidadãos e denunciar as covas abertas.
Debalde porém se esperaria que milagrosamente, por efeito de ameaças, a Frelimo mudasse as circunstâncias da vida nacional. É preciso contar com a Frelimo e acompanha-la com confiança na sua honestidade de querer desenvolver o país – confiança absoluta mas serena, calma, sem entusiasmos exagerados nem desânimos depressivos. O povo confia na Frelimo para ser o juízo da situação e quem odeia a Frelimo também, por efeito dominó, odeia o povo. A Frelimo sabe muito bem o que quer e para onde deve ir o país, mas não se lhe exijam que chegue ao fim quando os recursos ainda estão no subsolo, no tempo de investimentos e não de exploração. Finalmente, o ódio para com o Sul não é bem-vindo para a Unidade Nacional.
ii) Não é verdade que as instituições estão partidarizadas e precisamos de nos livrar dessa situação? É uma miragem, uma questão a equacionar no futuro, quando estiverem asseguradas as condições dum trabalho eficiente. Há, na partidarização das instituições públicas, uma vontade decidida de regularizar por uma vez a nossa vida política e com ela a vida económica nacional. Nas actuais circunstâncias é prematuro falar-se em outra coisa senão confiança política, garantindo, em simultâneo, as execuções das tarefas e o sossego geral povo. Se o povo não possui vida condigna não é porque é governado por um partido incapaz, mas porque um Estado Soberano foi explorado durante 16 anos por um mundo ávido de despojos.
iii) Não é verdade que os processos eleitorais não são transparentes? É verdade e juntos podemos encontrar saída que não a proposta pela Renamo em retirar a SC. Podemos avançar para uma Comissão Independente, por exemplo. Porém, isso só é possível por efeito de uma varinha mágica porque o nosso interlocutor não está interessado em ver os independentes na conjuntura actual. Claro que nós também temos culpa no cartório sobretudo quando retiramos toda a razão em tudo o que sai do lado oposto, quando pensamos que o outro deve ser abatido, por ser outro e quando pensamos que o voto da minoria deve abafar-se no da maioria.
- Não é verdade que a exploração dos recursos naturais não é transparente? É verdade e constitui a causa de todo o descontentamento e ódio que tende a propagar-se. Pouco mesmo se conseguirá se o país não estiver disposto a acompanhar a forma como muitos contratos são feitos e como, aos poucos, o país vai sendo vendido. Faz pouco sentido que quem não estará nesta terra nos próximos 20 anos, pela lei da natureza, esteja a hipotecar o país aos chineses por meio século, criando problemas para os nossos filhos e netos. O pior é quando tal não é transparente. Devemos confiar na nossa inteligência de cidadãos e denunciar as covas abertas.
Debalde porém se esperaria que milagrosamente, por efeito de ameaças, a Frelimo mudasse as circunstâncias da vida nacional. É preciso contar com a Frelimo e acompanha-la com confiança na sua honestidade de querer desenvolver o país – confiança absoluta mas serena, calma, sem entusiasmos exagerados nem desânimos depressivos. O povo confia na Frelimo para ser o juízo da situação e quem odeia a Frelimo também, por efeito dominó, odeia o povo. A Frelimo sabe muito bem o que quer e para onde deve ir o país, mas não se lhe exijam que chegue ao fim quando os recursos ainda estão no subsolo, no tempo de investimentos e não de exploração. Finalmente, o ódio para com o Sul não é bem-vindo para a Unidade Nacional.
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