quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Liriana e suas Companheiras

Liriana Bruto era órfã, pobre e desprezível. Em viagens, levava sempre o único par de botas, e só as calçava quando tinha de atravessar alguma ribeira e logo depois as descalçava outra vez! Certa vez, admiradas, as companheiras de viagem perguntavam-lhe porque procedia dessa forma. Liriana costumava responder:

  • As botas servem para proteger os pés. Ora, em terra, vejo muito bem onde há pedras ou espinhos e desvio-me deles, mas na água não sei o que piso e portanto lá é que preciso das botas.
Continuando jornada, descansaram à sombra duma árvore e Liriana abriu então o seu guarda-sol! Uma das companheiras espantou-se e disse:

  • Ó Liriana, isso é para sol e não para a sombra, abra olho moça!

  • O sol não me mata facilmente, mas aqui, debaixo desta árvore, tamanha, se se desprende do alto um ramo seco, bem me pode matar num instante, se eu não tiver qualquer coisa a defender-me. – respondeu ela.
E as amigas julgavam que assim fazia por ser pobre e por não ter pais que a ensinassem. Andando, pelo caminho encontraram cavalos abandonados em número igual ao delas. Decidiram montar ao que ela montou-se com a cara voltada para a cauda!

  • Assim, o que é isso, Liriana? Perguntou, uma amiga.
         Nas viagens – explicou ela – há muitos perigos e podem surgir de qualquer lado. Ora, indo eu montada desta maneira, se o perigo aparece pela frente, o cavalo dará sinal, e, se vier por detrás, cá estou eu sempre alerta.

Enquanto atravessavam o rio, saíram da água alguns homens. Eram donos dos cavalos. Chegados, prenderam as moças e as levaram aos juízes daquela terra. Mas os juízes recusaram-se atender o caso delas porque andavam há mais de dois anos às voltas com uma questão e não eram capazes de a resolver. A questão era esta: enquanto o marido andava por longe, o demónio tomou a figura dele e apresentou-se à esposa, que o recebeu como se fora o ausente. Quando o verdadeiro marido voltou, não sabia a esposa nem ninguém distinguir um do outro. Também os juízes estavam na mesma. Apresentaram-se como solução muitos e famosos mágicos, mas o resultado era nulo.

  • Posso ajudar – disse Liriana aos juízes.

  •  Não nos incomode – ameaçaram eles – levem estas infelizes à prisão – concluíram.
Enquanto a polícia a prendia, a mulher que exigia justiça, pediu que a deixassem tentar primeiro, mas Liriana e suas amigas já estavam algemadas e os juízes recusaram-se.

  • Ao menos deixem-na dizer uma palavra – insistiu ela, ao que os juízes aceitaram.
Ainda algemada, Liriana, mandou colocar duas garrafas em cima das mesas dos juízes e ordenou aos dois supostos maridos que entrassem lá para dentro de tal sorte que só seria o marido aquele que fosse extraordinário. Logo o intruso se transformou em abelha e entrou. Liriana imediatamente mandou arrolhar a garrafa e deu a seguinte sentença:

  • É este o falso marido, porque assim como tomou a forma da abelha do mesmo modo tinha a faculdade de tomar a forma do marido ausente.
O rei mandou prender todos os juízes e falsos mágicos. A partir daquele dia, a órfã Liriana passou a viver no Palácio e as companheiras foram soltas. Tal como a Liriana não precisou das mãos para resolver o grande problema, cada um de nós pode resolver o seu usando os instrumentos a seu dispor. Não esperemos pelos extraordinários. Podemos ser outra Liriana, hoje.

EAPG

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Carta à Dhlakama (1)


Senhor Presidente da Renamo! Excelência. Escrevo para vos alertar o que tenho visto. Existe uma corrente de opinião de algumas pessoas que nem sequer professam o renamismo a tentar agitar para que não aceiteis o Estatuto de Líder da Oposição. Estranhamente, Senhor Presidente, outros tantos vivem, como eu, em países longínquos. O que move a estas pessoas é mais o ódio à Frelimo do que o amor à Renamo. Não vos desejam o bem, nem descanso honrado que o Presidente Guebuza vos prometeu. Não desejam uma Renamo reabilitada para, na sua fragilidade, irem preenchendo o vazio.  O que liga a Renamo e o Governo não é apenas a divergência mas também, acima de tudo, uma longa história de visão e esforços comuns de como melhorar a vida dos moçambicanos. As dificuldades que surgiram na implementação do acordo de Outubro de 1992 tornaram essencial mais uma tentativa de eliminar os mal-entendidos e obstáculos à reconciliação final, o que foi conseguido em Setembro. É evidente que, com aquele aperto de mão, foi evitada uma armadilha que poderia ter-se desenvolvido numa situação intolerável e potencialmente catastrófica. Vós fostes, tardia e corajosamente a luta eleitoral mas, não está nas mãos do homem parar o curso de um destino que, por negligência ou falta de senso, foi desencadeado.

A ideia do Estatuto do Líder da Oposição não é para vos forçar a aceitar os resultados de Outubro. É uma ideia anterior ao escrutínio que ainda não tinha vencedor e está de acordo com o ponto de vista do Presidente Guebuza, com quem assinastes o acordo do fim das recentes hostilidades militares. E também é do interesse da maioria dos renamistas que vos deseja o bem, que vos querem mais próximo da casa do povo de onde saem as principais decisões da nação. A intenção subjacente na ideia do PR foi criar um desanuviamento das relações que garantissem aos simpatizantes da Renamo, nos limites da lei, os mesmos direitos dos outros cidadãos. Ao mesmo tempo, haveria um acto de conciliação sob a forma de amnistia geral e de um melhoramento de entendimento através de conversações mais estreitas e amigáveis nas várias esferas da vida sócio-política do país. Tende perante vós um grande desafio: aceitar ou recusar este estatuto!

Apraz-me prestar tributo a vós, Senhor Presidente da Renamo, pelos vossos esforços para encontrar, juntamente com o Presidente Guebuza, um caminho que é tanto do interesse da Renamo como de todo o povo moçambicano, do qual todos somos filhos independentemente do nosso local de nascimento, do nosso credo político, enfim, da nossa peculiaridade. Ao abandonar a mata, e desde então, destes o vosso contributo para a paz no país. A calma que mantendes é do conhecimento geral. Acima de tudo, deve mencionar-se a vossa cooperação para que a lei seja respeitada quando afirmastes pretender ver respeitada a lei. É meu sincero desejo ver esta postura calma e serena cada vez mais consolidada. Penso que a vossa Renamo não é um partido bélico, porém, como ficou demonstrado, não desejando a guerra não a teme, ama a paz mas também ama a sua honra e a sua liberdade. Encontramo-nos ainda na fase preliminar de uma das maiores batalhas da nossa história: a batalha por um Moçambique mais desenvolvido e só o conseguiremos trabalhando juntos. Aceitai este Estatuto!


Assim, estareis a servir o povo e a tornar o seu destino mais feliz. Aceitai o Estatuto de Líder da oposição, uma instituição cujas funções devem ser vistas como um meio para atingir a inclusão. Sereis julgado pela história de acordo com os serviços que prestardes. Peço agora a Deus que, nos dias que vêem, abençoe a vossa consciência, as vossas acções, a vossa determinação de manter a paz; que Ele vos proteja da arrogância e da subserviência cobarde daqueles que à vossa custa pretendem gozar a vida de luxo enquanto vós sofreis; que Ele vos ajude a encontrar a coragem necessária para, mesmo na dúvida, confiar no capítulo que o Governo pretende abrir e fazer o que está correcto nunca esmorecendo ou franquear perante nenhum perigo que representam aqueles que carregastes aos ombros e que desejam sugar-vos até a última gota do vosso sangue. Vinde Senhor Presidente da Renamo, avancemos com a união da nossa força. Que Deus vos abençoe!



domingo, 23 de novembro de 2014

Terá Guebuza privilegiado os incompetentes?


Segundo uma tradução vulgar, é incompetente o que não possui competência; que não tem conhecimento; o inábil, ou seja, aquele que não possui o poder suficiente para julgar certas questões, que se desviam de sua competência, delegando-as aos que possuem competência para tal. resumindo, diz-se da pessoa desprovida da idoneidade.  Li um artigo de um Jornal falando de, numa tradução livre, um Guebuza que, deixando de lado pessoas competentes como o seu autor, promoveu e trabalhou com incompetentes, isto é, cito «todos os filhos mais preguiçosos e incompetentes que o país foi criando em todos estes anos de Independência começaram a brilhar». No momento tão grave para os destinos de África, em que vemos nações e povos não saber para onde ir, com economias estagnadas e povos em constantes movimentos de rebeldia, aprouve a Deus Nosso Senhor enviar à Moçambique um líder a altura das dificuldades e do momento. A verdade, porém, manda dizer que Guebuza e a sua equipa de incompetentes deixam realizações que estão sendo utilizadas por esses sábios das diversas formas. Se, durante estes dez anos, ele tivesse trabalhado com incompetentes não teria conseguido transformar Moçambique, num país de grandeza material. É justo reclamar o direito de proteger este legado de modo a que não possa ser prejudicado pelos lunáticos e também é direito virar contra todos aqueles que, em vez de o ajudarem, pensavam que, durante uma década, a sua missão era criticarem a sua obra.

O credo de Guebuza consistiu em colocar pessoas certas nos lugares certos. Se fosse pela incompetência não teríamos universidades em todas as províncias que permitiram aos cidadãos «das províncias» terem acesso ao conhecimento o que, por sua vez, desagrada os que lhes queriam na ignorância para não se virem contrariados. Se fosse pela incompetência, ainda estaríamos dependentes dos batelões porque os competentes defendiam a continuação do status quo pretendendo nos convencer que a construção de pontes eliminaria a fonte de renda dos pescadores que, uma vez a outra, utilizavam os seus barcos para travessia das pessoas. Se fosse pela incompetência não teríamos o Ministério da Função Pública pois, os competentes de ontem, com uma mão escondida por detrás dos arbustos, defendiam os moldes tradicionais de controlo e de funcionários públicos para continuarem a ser funcionários «Turbos», extorquindo o Estado. Sim, sabemos que os competentes de ontem defendiam melhores salários e menos trabalho ignorando que o valor de cada salário corresponde ao volume de bens produzidos como resultado do trabalho desempenhado.

O autor do artigo pretende-nos convencer que, por meio de uma frase de uma governadora, todo o governo de Guebuza – os ministros, os governadores, os secretários permanentes, os directores provinciais, os administradores e os chefes de postos administrativos – foi formado segundo o critério da incompetência. Que crime intelectual! Gostaria de recordar que este tipo de pensamento medieval contibuiu com nada a não ser esse espírito de desprezo, pois a sua formulação tingiu-se de ódio ou de um sentimento de que os seus autores sabem mais do que os outros, o que não é verdade. É preciso que se frise; Guebuza foi escolhido pelo povo, por mais desprezível que seja, um povo com os próprios sonhos, com próprias aspirações. O desprezo a sua figura afigura-se-nos, por conseguinte, o desprezo ao povo que nele confiou. Guebuza, homem visionário por excelência, cedo se preocupou com o problema da presença da governação em locais remotos dando trabalho aos representantes do Estado, melhorando-lhes as condições de vida. Logo no começo da sua cruzada se preocupou com o assunto da pobreza e deu passagens e vantagens aos jornlistas, alguns dos quais hoje o insultam, para irem reportar in loco aquilo que eram os problemas merecedores de soluções.

Mas a imprensa da estagnação, medrosa de perder os privilégios antigos soube que o fim dos problemas seria o fim das suas viagens, pois não teria campo para reportar as desgraças do povo a serem vendidas ao exterior. Tratou de promover campanha de descrédito visando mostrar que nada se estava a passar, que o país tinha parado e que o desenvolvimento registado não passava de simples discurso. Para eles, o abandono do Nokia 3310, a aquisição do computador pessoal, do celular da última geração, do carro de segunda mão, da electricidade em sua casa, e tudo mais, são unicamente o fruto do seu sacrifício pessoal e nunca tiveram alguma influência do governo dos «incompetentes». Que cada um olhe para a sua vida de 2005 comparando-a com a de hoje, com justiça e com honestidade. Aproveitar-se do discurso alheio para atacar o PR que nada teve a ver com as palavras da governadora, é um golpe baixo que indigna.

Guebuza e a sua equipa proporcionaram à nação moçambicana um crescimento económico acima de 7% anuais ao mesmo tempo que reduziram a dependência do Estado da ajuda externa ao Orçamento Geral do Estado para menos de 30%. Expandiram a electricidade para quase totalidade dos distritos onde, também colocaram escolas secundárias com 12ª Classe na maioria deles. Guebuza com a sua equipa ergueram novas escolas, hospitais, pontes, linhas férreas, estradas e reabilitaram as antigas, isto, do Rovuma ao Maputo, do Zumbo ao Índico. Não é uma piada da História que Jornais que estão constantemente a sobreviver vendendo a desgraça do país pensem que podem critica-lo e dar-lhe conselhos? No final da próxima década, o povo moçambicano recordará o êxito da eficiência deste Governo e desta equipe d governantes e encher-se-á de um orgulho supremo. Um destes feitos é a existência de críticos desta estirpe que não impediu a construção de uma liderança nacional tão engajada na solução de problemas diversos e o abandono da sobrevivência pela mão estendida, uma liderança que não está disposta a viver uma governação a crédito. A obra deixada por este executivo e que hoje não vale quase nada para esses jornais, são indispensáveis para o povo, povo que não deseja promessas ingénuas.
Constituem estas acções um todo, dada a enorme importância que representarão para a posterioridade. É natural que as opiniões divirjam quanto a resolução preconizada para os problemas encarados. O próprio Guebuza, no decurso do seu mandato teve que encarar dificuldades de conseguir pessoas certas para serem encaixadas em lugares certos e não poucas foram as vezes que pareceu cair, aos olhos dos cépticos, na inconstitucionalidade. Lembro-me que o Ministério da Função Pública que tanto fez para a melhoria da prestação de serviço público foi concebido e implantado debaixo de duras críticas. Mas ficou claro que os que se opunham a ele pretendiam continuar amarrados ao sistema em que o dinheiro era carregado em sacos para pagar aos professores, aos enfermeiros nos remotos distritos e muitas vezes era assaltado, provavelmente com a bênção deles, pondo em jogo a vida de mais cidadãos. Teve Guebuza que lançar o dinheiro aos distritos para forçar, até certo ponto, os bancos a irem ao campo.

Mas se é natural que as opiniões divirjam quanto às soluções apresentadas, não pode haver dúvidas acerca do enorme trabalho que este governo nos deixa como legado. As suas obras revelam, de resto, que o assunto de bem-estar foi encarado em todas as suas modalidades e são os mais completas que até hoje podem ser apresentadas em Moçambique e ao Mundo. Se o nome de Guebuza, por tantos motivos não estivesse já ligado à História de Moçambique, ficá-lo-ia com estas obras. Poderá parecer que a obra feita nada tem a ver com o desenvolvimento. Se pensarmos, porém, que a chamada consciência económica só pode ser alcançada pelo trabalho, logo se verá que a estas infraestruturas está ligada a parte da mais importante obra em vista ao progresso, com dividendos directos e indirectos. São infraestruturas de que depende o desenvolvimento. Notar-se-á, por outro lado, a quantidade de soluções originais que se encontraram dispersas, aliás, orientadas por um critério realista e de exequibilidade imediata, que não é menor o seu valor. Os moçambicanos patriótica e orgulhosamente sentem o alcance e a grandeza dessa obra. E como todos eles, sem discrepância, só têm por único objectivo trabalhar pelo engrandecimento da pátria una e indivisível, não podem, de modo algum, esquecer nunca o altíssimo significado das Presidências Abertas de Guebuza em cuja figura se simbolizam os anseios dos moçambicanos. A teoria da incompetência é, portanto, demasiado incerta e falta-lhe a clareza necessária para convencer o mais ignorante dos cidadãos. Está debaixo de um véu de frases moralizadoras, talvez destinados a apaziguar a consciência dos respectivo responsável mas que nada corresponde a verdade.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A vitória limpa de Nyusi

Ao acordar, todos os dias, sinto o sentido desta vitória limpa que Filipe Nyusi alcançou no dia quinze de Outubro. Uma vitória que abre caminho novo para a pátria cujo protagonista é e será sempre o povo moçambicano. Disse-o e devo repeti-lo: se a vitória não foi fácil, difícil será consolidar a materialização de tudo quanto foi prometido. Apenas quero assinalar perante a História o facto de que quando um indivíduo é capaz disto, será também capaz de fazer com que o país progrida e que o homem e a mulher da nossa terra, o casal humano, também tenha um direito autêntico ao trabalho, ao emprego, à habitação, à saúde, à educação, ao descanso, à cultura e à recreação. Ao escolher o projecto de continuidade, o povo compreendeu que a revolução não implica destruir mas sim construir, não implica arrasar mas sim edificar, comprometendo-se, ao mesmo tempo estar preparado para essa grande tarefa.
Há agitadores clandestinos com rabo à espreita que pretendem ver revoltado o povo moçambicano e, certamente, rezam ao mesmo Deus da paz para que haja distúrbios. Mas este povo, com a luz divina, sabe que os seus problemas não se resolvem partindo vidros ou amolgando um automóvel, nem odiando aos ricos como se fossem a causa da sua pobreza. E aqueles que estão constantemente a dizer que a vossa governação será caracterizada por violência e distúrbios, encontrarão a consciência e a responsabilidade do povo que canta o futuro, o povo cuja civilidade nos deixou felizes. O facto de estarmos felizes e esperançados não significa que vamos descurar a vigilância. Mesmo nas horas em que o povo agarrar a cintura da nação para dançar o «nenhum tirano nos irá escravizar» a vigilância deverá ser mantida, em atitude responsável, dispostos a responder à chamada, se necessário.
A vitória limpa da continuidade foi conseguida e deixou incrédulos os adversários e mercenários da mudança. Mas nem tudo deverá ser continuidade! Foi uma vitória para acabar definitivamente com a pobreza e a privação de condições básicas. Foi uma vitória para fazer uma profunda reforma agrária e tornar menos pesado o trabalho agrícola. Foi uma vitória para acabar com os «My Love» nas nossas cidades, os transportes que nos sujam as roupas antes de chegarmos aos locais de labor. Foi uma vitória para acabar com a corrupção. Foi uma vitória para que os competentes sejam valorizados. Foi uma vitória para que os jovens tenham emprego sem precisarem de «padrinhos». Foi uma vitória para que funcionários da saúde, da educação, os polícias, enfim, todos os servidores públicos, tenham cada vez mais e melhores salários e promoções. Foi uma vitória para que as escolas tenham carteiras, para que os hospitais tenham medicamentos.
Felizmente, os nossos parceiros internacionais reconheceram em várias mensagens esta a vitória. Não vamos pedir a oposição que o faça. Não temos necessidade disso. Não temos qualquer ressentimento contra ela, apesar de ela estar a lutar para subestimar esta vitória, a vitória do povo. Porém, ela nunca será capaz da grandeza que tem o povo nas suas lutas, nascidas da dor e da esperança, um povo herdeiro dos pais da pátria determinado a conquistar a independência económica do seu país. É em conformidade com os ditames do tempo e do destino que Nyusi veio pegar o leme para que toda a nação continue como uma família, sempre firme na sua fé na imperecivilidade do seu solo e do longo caminho que lhe resta percorrer.