segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A vitória limpa de Nyusi

Ao acordar, todos os dias, sinto o sentido desta vitória limpa que Filipe Nyusi alcançou no dia quinze de Outubro. Uma vitória que abre caminho novo para a pátria cujo protagonista é e será sempre o povo moçambicano. Disse-o e devo repeti-lo: se a vitória não foi fácil, difícil será consolidar a materialização de tudo quanto foi prometido. Apenas quero assinalar perante a História o facto de que quando um indivíduo é capaz disto, será também capaz de fazer com que o país progrida e que o homem e a mulher da nossa terra, o casal humano, também tenha um direito autêntico ao trabalho, ao emprego, à habitação, à saúde, à educação, ao descanso, à cultura e à recreação. Ao escolher o projecto de continuidade, o povo compreendeu que a revolução não implica destruir mas sim construir, não implica arrasar mas sim edificar, comprometendo-se, ao mesmo tempo estar preparado para essa grande tarefa.
Há agitadores clandestinos com rabo à espreita que pretendem ver revoltado o povo moçambicano e, certamente, rezam ao mesmo Deus da paz para que haja distúrbios. Mas este povo, com a luz divina, sabe que os seus problemas não se resolvem partindo vidros ou amolgando um automóvel, nem odiando aos ricos como se fossem a causa da sua pobreza. E aqueles que estão constantemente a dizer que a vossa governação será caracterizada por violência e distúrbios, encontrarão a consciência e a responsabilidade do povo que canta o futuro, o povo cuja civilidade nos deixou felizes. O facto de estarmos felizes e esperançados não significa que vamos descurar a vigilância. Mesmo nas horas em que o povo agarrar a cintura da nação para dançar o «nenhum tirano nos irá escravizar» a vigilância deverá ser mantida, em atitude responsável, dispostos a responder à chamada, se necessário.
A vitória limpa da continuidade foi conseguida e deixou incrédulos os adversários e mercenários da mudança. Mas nem tudo deverá ser continuidade! Foi uma vitória para acabar definitivamente com a pobreza e a privação de condições básicas. Foi uma vitória para fazer uma profunda reforma agrária e tornar menos pesado o trabalho agrícola. Foi uma vitória para acabar com os «My Love» nas nossas cidades, os transportes que nos sujam as roupas antes de chegarmos aos locais de labor. Foi uma vitória para acabar com a corrupção. Foi uma vitória para que os competentes sejam valorizados. Foi uma vitória para que os jovens tenham emprego sem precisarem de «padrinhos». Foi uma vitória para que funcionários da saúde, da educação, os polícias, enfim, todos os servidores públicos, tenham cada vez mais e melhores salários e promoções. Foi uma vitória para que as escolas tenham carteiras, para que os hospitais tenham medicamentos.
Felizmente, os nossos parceiros internacionais reconheceram em várias mensagens esta a vitória. Não vamos pedir a oposição que o faça. Não temos necessidade disso. Não temos qualquer ressentimento contra ela, apesar de ela estar a lutar para subestimar esta vitória, a vitória do povo. Porém, ela nunca será capaz da grandeza que tem o povo nas suas lutas, nascidas da dor e da esperança, um povo herdeiro dos pais da pátria determinado a conquistar a independência económica do seu país. É em conformidade com os ditames do tempo e do destino que Nyusi veio pegar o leme para que toda a nação continue como uma família, sempre firme na sua fé na imperecivilidade do seu solo e do longo caminho que lhe resta percorrer.

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